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Os alimentos que temos à nossa frente e que incluímos nas nossas refeições têm muito que se lhe diga. Ou melhor, muito mais do que aquilo que, à partida, conseguimos ver. É o caso dos néctares da Compal que, em muitos casos, contam com o pêssego como um dos seus ingredientes. Sabia que os caroços deste fruto não têm como destino os resíduos urbanos? São compostados e ganham um novo propósito. Os motivos? Combater o desperdício e adotar práticas mais amigas do planeta. Explicamos-lhe tudo neste artigo.

O que é a compostagem

Muito se fala de compostagem hoje em dia, mas, em primeiro lugar, importa esclarecer o que é exatamente este processo. Segundo as explicações da especialista em sustentabilidade da Compal, “a compostagem é um processo de valorização de resíduos sólidos orgânicos que se baseia na degradação da matéria orgânica por ação dos microrganismos na presença de oxigénio (ar). A decomposição orgânica destes resíduos tem de ser controlada para que, no menor tempo possível, se possa obter um produto rico em matéria orgânica (carbono, azoto, fósforo, potássio, etc) estabilizado, higienizado, rico em húmus e nutrientes, com valor agrícola, designado por composto”. E para que serve depois este composto? Pode ser usado como “fertilizante natural em substituição dos fertilizantes químicos, e tem a vantagem de ir libertando os seus nutrientes em função das necessidades das plantas”, esclarece.

Compostagem dos caroços de pêssego: quando e porquê?

A ideia de fazer a compostagem dos caroços dos pêssegos utilizados nos néctares de Compal “surgiu porque anteriormente estes resíduos provenientes da linha de transformação da fruta eram vistos como ‘lixo’ e enviados para aterro sanitário, o que gerava um problema ambiental e simultaneamente representava um custo adicional para a empresa com o pagamento das taxas de deposição em aterro”, conta a mesma especialista. Não sendo este o destino que a Compal queria para estes resíduos, tratou de encontrar soluções: “Tendo como objetivo minimizar o impacto ambiental da sua atividade, a Compal avaliou soluções alternativas que pudessem aproveitar estes resíduos orgânicos biodegradáveis, transformando-os em produtos que voltavam a gerar valor para a natureza e para o ser humano”. O que acontece, então, aos caroços que são compostados? Qual é a sua nova vida? A compostagem dos caroços de pêssego “é um exemplo perfeito e fechado de economia circular, em que um resíduo vegetal proveniente de uma atividade industrial é transformado num outro produto (composto fertilizante natural), que irá voltar à natureza enriquecendo os solos, para que as plantas, árvores, entre outros, possam crescer mais saudáveis e gerar bons frutos para a Compal utilizar nos seus sumos”.

Quantos caroços foram transformados?

Vamos, então, falar de números. “A campanha de transformação da fruta decorre num determinado período no verão, e, em 2021, foram recolhidos e enviados para compostagem quase 200 toneladas (199,6 mil quilogramas de caroços de pêssego)”, conta a especialista em sustentabilidade. Estamos a falar de muitos caroços que ganharam um novo propósito e que, deste modo, não vão parar a aterros sanitários. Estes são “locais onde são depositados resíduos provenientes de várias atividades urbanas, agrícolas, industriais, entre outras, que vão ficar em valas em decomposição no solo durante centenas de anos, ocupando espaço, existindo sempre a possibilidade de ocorrerem contaminações no solo, nas águas subterrâneas e de superfície, libertação de gases efeito estufa para a atmosfera, o que representa um problema ambiental para o nosso planeta que já se encontra tão ameaçado”.

E os caroços de outras frutas?

Como bem sabemos, nem só de pêssego se fazem os néctares de Compal. O que acontece, então, aos caroços de outras frutas utilizadas nos produtos da marca? A especialista responde: “Os caroços de outras frutas que são processadas em Almeirim (como ameixa, maçã e pera), bem como as cascas, pele e sementes são também enviados para compostagem, ainda que os caroços de pêssego pelas suas características sejam os mais valorizados”.

Saiba como pode combater o desperdício alimentar em casa!

 

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