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ORIGEM E HISTÓRIA

A ameixa pertence à subfamília Prunoideae da família Rosaceae, juntamente com outras frutas de caroço duro como o pêssego, cereja e alperce.

COMERCIALIZAÇÃO

A comercialização da ameixa começa em meados de junho e prolonga-se até meados de outubro. Dá-se, na grande maioria, através das Organizações de Produtores, armazenistas e produtores individuais com alguma dimensão. No mercado interno, cerca de 50% do produto é encaminhado para os mercados abastecedores, sendo o restante repartido pelas grandes superfícies de venda, grossistas e empresas de transformação. Os pequenos produtores, não tendo capacidade de concentração da oferta, vendem à porta da exploração ou abastecem os pequenos mercados locais. Cerca de 20% da ameixa Rainha-Cláudia tem como destino a indústria para confitagem.

A ameixa tem pouco peso na produção total nacional de frutos frescos, com uma produção de 22.177 toneladas (FAOSTAT, 2018).

Contudo, é um fruto com algum sucesso a nível de penetração em mercados estrangeiros, apesar da balança comercial ser ainda deficitária (importações, 7 705 ton; exportações 7434 ton) (INE, 2018) . O Reino Unido, Espanha e Irlanda são três principais mercados internacionais para a ameixa portuguesa (INE, 2006). Os maiores fornecedores do mercado nacional são Espanha, com uma quota de mercado superior a 60% e, em período de contra estação, África do Sul e  Chile (INE, 2006).

AMEIXA DE ELVAS

A Ameixa d’Elvas ou Rainha Cláudia pode apresentar-se ao consumidor sob três formas: fresca, em passas ou confitada.

Em fresco, o fruto apresenta-se arredondado e pouco achatado nos polos. Tem cor verde, mas pode exibir outros tons amarelados e rosados, completamente revestidos de pruína. A polpa da ameixa d’Elvas é muito sumarenta e facilmente destacável do caroço. O fruto apresenta, ainda, um aroma intenso característico. Para originar passas, a ameixa é desidratada, não apresentando mais de 30% de humidade e pelo menos 67% de açúcares totais. Exibe cor castanho-escura, caroço e consistência média e dura, com espessamento da polpa. Sem fendas na epiderme ou vestígios do pedúnculo, possui pele uniforme e um paladar ligeiramente ácido.

Pelo processo de confitagem, o fruto fica com a forma arredondada e cor esverdeada ou branca (quando coberto de açúcar). Em calda, é normalmente apresentado em frasco de vidro envolvido na calda natural derivada do fruto.

A Ameixa d’Elvas costuma acompanhar a sericaia, doce típico da região do Alto Alentejo.

COMPOSIÇÃO NUTRICIONAL

Do ponto de vista nutricional, existem algumas diferenças consideráveis entre variedades de ameixas, principalmente do ponto de vista vitamínico. Não se pode dizer que uma é pior que a outra, pois todas têm os seus benefícios associados.

  Para 100 g %DDR
Energia 41
MACRONUTRIENTES
Água (g) 88 -
Proteína (g) 0.8 -
Gordura Total (g) 0.2 -
Hidratos de Carbono Total (g) 7.4 -
Fibra Alimentar (g) 1.9 -
VITAMINAS
Vitamina A (Equivalentes de retinol, µg) 70 9
Vitamina D (µg) 0 0
Vitamina E (α-tocoferol, mg) 0.6 5
Vitamina B1 (Tiamina, mg) 0.02 2
Vitamina B2 (Riboflavina, mg) 0.08 6
Vitamina B3 (Niacina, mg) 0.5 3
Vitamina B6 (Piridoxina, mg) 0.05 4
Vitamina B12 (Cobalamina, µg) 0 0
Vitamina C (Ácido Ascórbico, mg) 2 3
Folatos (µg) 6 3
MINERAIS
Cinza (g)  0.31 -
Sódio (mg) 2 0
Potássio (mg) 190 10
Cálcio (mg) 13 5
Fósforo (mg) 13 2
Magnésio (mg) 7 2
Ferro (mg) 0.2 1
Zinco (mg) 0 0

Fonte: TCA – Tabela de Composição de Alimentos. Centro de Segurança Alimentar e Nutrição. Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge.

(Adaptado de: http://www.insa.pt). Dose Legal Recomendada Nacional, aprovada em Diário da República (http://www.apcv.pt/pdfs/legislacao/DL%2054_2010.pdf)

CLASSIFICAÇÃO TAXONÓMICA E BOTÂNICA

As árvores de ameixa têm tamanho pequeno ou médio, semelhante às do pêssego, mas com crescimento mais ereto. As ameixeiras europeias são maiores e mais eretas que as japonesas. Têm folhas ovadas ou oblongo-lanceoladas com pontas agudas ou obtusas, pecíolos curtos e margens serrilhadas.

As ameixeiras japonesas têm cascas mais ásperas, esporas mais persistentes e flores mais numerosas do que as ameixeiras europeias, sendo também mais precoces, resistentes a doenças e vigorosas.

CURIOSIDADES

A ameixa deve ser consumida em fresco, enquanto está firme, com aparência fresca e cor viva. Conforme a variedade, as ameixas podem apresentar algumas diferenças no sabor: por exemplo, a ameixa “Rainha Cláudia” possui maiores quantidades de açúcar e, portanto, será ligeiramente mais doce do que outras variedades.

As variações nutricionais entre variedades são, no entanto, pouco significativas, ocorrendo principalmente a nível dos micronutrientes.

Por ser um fruto difícil de conservar na sua forma natural, o seu consumo fora da época pode ser feito através dos seus derivados como sumos, compotas, licores, conservas em calda de açucar ou desidratada.

As ameixas secas são excelentes para recheios de carne, bolos e sobremesas.

Os caroços de ameixeira contém ácido cianídrico, pelo que não devem ser ingeridos. A ameixa seca tem uma percentagem de glícidos de cerca de 60%, dos quais 44% são açúcares, possuindo um valor energético (por 100g) muito mais elevado do que a ameixa fresca.

Este Fruto é, ainda, conhecido pelas suas propriedades laxantes.

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