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É um dos reis do verão em Portugal. Quem nunca terminou uma refeição de verão com uma fatia de melão bem doce e acabadinho de sair do frigorífico? Ou mesmo quem nunca começou uma refeição com a mítica entrada de melão com presunto? Quando o caso é alimentar um dia de praia ou um piquenique em família, lá está ele, inteiro para cortar às talhadas ou já partido aos cubinhos em caixas. Ninguém lhe resiste, mas afinal qual é o segredo do melão, essa fruta tão adorada e cultivada em Portugal?

Uma doas grandes benefícios do melão enquanto fruta de verão é o seu elevado teor de água — no tempo quente em que a desidratação pode ocorrer com mais facilidade, o consumo de água é bem-vindo, sob qualquer forma. O melão é ainda um fruto com baixo valor energético e rico em fibra, o que permite contribua para se sentir saciado sem aportar muitas calorias à refeição. Entre as vitaminas que fazem parte da sua composição, destacam-se a vitamina C, conhecida pela sua ação antioxidante e papel no sistema imunitário, e vitamina A, importante para a saúde da pele e da visão.

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Além dos motivos nutricionais, ajuda que seja na época quente que o melão está no seu ponto ótimo para a colheita e consumo — incrivelmente doce e suculento, a desfazer-se em sumo a cada dentada. A sua época ideal é entre junho e setembro — em anos excecionais pode ir até outubro. É essencial respeitar o seu tempo de maturação para obter o melhor sabor. Essa foi uma das razões para lançarmos o Compal Fresco agora e não antes. Só agora o melão que faz este sumo atingiu a maturação ideal e assim temos, em cada garrafa, o sabor inconfundível do mais doce melão português.

É de melão nacional que falamos quando nos referimos ao Compal Fresco Melão, um sumo sem adição de água ou de qualquer adoçante, por uma razão simples: os produtores portugueses cultivam algumas das mais interessantes variedades desta fruta que cresce numa planta herbácea e rasteira. Algumas das variedades de melão encontradas em Portugal são:

Melão Casca de Carvalho — Ao contrário dos restantes, a pele do melão Casca de Carvalho não é suave. É rugosa e abrasiva, um sinal da sua personalidade particular, que também se verifica na polpa. Não é tão doce como o Branco do Ribatejo, por exemplo, e tem como característica especial um certo apimentado na boca, que lhe é dado pela produção de gás carbónico.

Esta produção de gás (quando exagerada) é, aliás, responsável por um fenómeno curioso: alguns melões rebentam, na colheita ou ainda antes. Quando a explosão acontece antes do ponto alto de maturação é uma perda para o agricultor; mas quando acontece no momento da colheita é sinal de um melão Casca de Carvalho perfeito.

O Casca de Carvalho é tradicionalmente português, mas não é uma variedade de melão estabilizada, o que significa que há variações ou subvariedades, como é o caso do melão da Vilariça, que junta à pele verde e rugosa, uma polpa rosa-salmão.

Melão de Almeirim — Quando comer melão numa das grandes cidades nacionais é provável que esteja a comer um melão produzido do Ribatejo, a grande região de produção desta fruta e onde esta variedade cresce como em nenhum outro lugar. Dentro das variedades que se produzem no Ribatejo, o melão de Almeirim é uma variedade aperfeiçoada localmente, com a pele verde e muito rugosa, mas com alguns pormenores interessantes. Por exemplo, o sol pode danificar este melão, ao ponto de perder valor comercial e, para evitar isso, os agricultores cobrem o melão com palha.

Melão da Amareleja — E é o chamado “melão de guarda” pode ser a salvação daqueles que vivem com desejos desta fruta, mesmo no tempo quente. É uma variedade tardia, o que significa que pode durar até dezembro e comer-se no Natal! A zona da Amareleja é ideal para para o cultivo do melão porque é quente a altura ideal para a maturação do fruto. A sua pele é amarela quase branca, lisa ou muito pouco rugosa e o calor com que cresce dá uma deliciosa doçura à sua polpa. A altura ideal para a colheita reconhece-se pela viragem da cor da casca para o branco e por uma certa elasticidade da casca junto ao pedúnculo, o “pé” onde cresce o melão.

Melão de Campo Maior ou Elvas — Tem a pele verde, lisa e a polpa amarelada ou esbranquiçada. Pendura-se numa espécie de saco de palha, num local fresco e escuro e, desta forma, o seu aroma fresco e delicado pode durar até ao Natal, época em que é muito apreciado nesta região. É de facto uma fruta querida das famílias desta zona que, durante muitos anos, obtinham boa parte do seu rendimento do cultivo do melão.

Com variedades tão aromáticas, doces, refrescantes e até mesmo bonitas, compreende-se que a Península Ibérica tenha sido um dos grandes centros de diversificação do melão, depois de nascer na África Central. Aqui foi introduzido pelos Árabes: Portugal e Espanha tornaram-se os únicos consumidores (e produtores) de melão na Europa durante a Idade Média. Um bom hábito na dieta dos portugueses que ficou até aos dias de hoje.

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Fontes:
Insa
APN - Sustentabilidade
APN - Colher Saber
Produtos tradicionais portugueses – Melão da Vilarica
Produtos tradicionais portugueses – Melão Casca de Carvalho
Produtos tradicionais portugueses – Melão de Campo Maior e Elvas
Produtos tradicionais portugueses – Melão da Amareleja

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